Quando era pequena, eu realmente gostava de ver a Heidi. E a sensação de ser uma série espectacular perdurou... até há bem pouco tempo!
Muitas vezes ouvi o discurso "Ai, os desenhos animados de agora são tão violentos. É só lutas, pancadaria e sangue. Na nossa altura é que era (suspiro nostálgico)! A Heidi, o Marco,... Agora é tudo muito violento!"
- Desculpe, especifique violento...
- ...
- Ah, sim! Antigamente a violência era emocional!!!
Bottom line:
Há algum tempo escrevi isto. Ora, o DVD que nós tínhamos na altura (oferecido carinhosamente pela avó) era uma adaptação Grandes Clássicos Infantis (bem resumida) da verdadeira história da Heidi, onde não eram exploradas pérolas como "a-avozinha-cega-do-Pedro" ou "Heidi-maltratada-pela-governanta-Rottenmeyer" ou ainda "tia-que-sem-dó-nem-piedade-leva-a-sobrinha-para-viver-com-o velho-pois-ela já-tem-cinco-anos-e-agora-é-altura-dele-a-aturar". Não podiam também ser apreciadas frases como "És maluca? Aquilo é um esquilo." E nós até víamos. Entretanto surge... a versão original! Compilação de TODOS os episódios. A avó com a melhor das intenções oferece. E comecei a ver.
Bem, poucos episódios escapam. É muito sofrimento! Talvez por causa de tanta Heidi eu tenha ficado assim,... sentimental ;)
A Inês até pede para ver mas a pouco e pouco a Heidi tem perdido posições para o Ruca.
Não, eu não quero esconder da minha filha que existe sofrimento e dor no mundo mas não é preciso fazê-lo com um tal compêndio de infelicidades.
E assim se desfez mais um encanto da minha juventude. Viva a Abelha Maia!
(digo mais um porque o outro aconteceu quando tentei ver, anos mais tarde, os episódios da Galáctica e o resultado foi doloroso).