quinta-feira, junho 29, 2006

Opinião II

A propósito das avaliações e do processo continuado de desacreditação dos Professores que a Ministra quer impor à opinião pública, gostaria que os Professores pensassem no seguinte: Em vez de fazerem greves inócuas, que ainda por cima cheiram aférias desapropriadas entre feriados, os professores deviam pensar seriamente em cumprir integralmente nas suas escolas o seu horário de trabalho. Passo a explicar: Pela manhã, TODOS os professores se apresentavam nas suas escolas para iniciarem o seu dia de trabalho. Agora vai ser necessário um pouco de aritmética, mas da mais básica. Se um professor tem 3 horas de aulas num dia, cumpre mais quatro horas de permanência. Nessas quatro horas é suposto corrigir testes, preparar aulas, elaborar enunciados das provas, etc., etc. tudo o que se relacione com a sua profissão e que normalmente está habituado (mal) a fazer em casa. É também suposto utilizar as secretárias, as cadeiras, os computadores e as impressoras da escola para o seu trabalho. É que também é suposto que, antes de exigir resultados,a escola lhe forneça condições de trabalho. No final das sete horas de trabalho diário (7 x 5 = 35) saíam da escola para casa, deixando na escola o trabalho que ficou por fazer. Facilmente os Conselhos Executivos chegarão à conclusão que a escola não oferece condições aos professores para que estes trabalhem, e terão que o comunicar ao Ministério, ou não há seriedade. Ou tentarão os Conselhos Executivos agir de forma a convencerem os professores de que como estes se acotovelam na escola o melhor será irem para casa? Mas poderão os professores ser penalizados por quererem exercer o seu trabalho no local de trabalho que lhes está por natureza determinado? Deixem de ser um bando e passem a actuar como um grupo. TODOS para as escolas desde manhã a cumprir o horário de trabalho na escola, o local de trabalho natural. Atasquem completamente as escolas com a vossa presença e deixem quea ausência de condições de trabalho faça o resto. Deixem-se de greves inócuas e atrapalhem verdadeiramente o sistema de forma legal. Provem de uma vez por todas que querem trabalhar e que este patrão não vos dá condições de trabalho apesar de vos exigir resultados, e ainda por cima enxovalhando-vos continuamente. Substituam os sindicalistas que vos representam tão mal e que jánão sabem o que é dar uma aula há mais de 20 anos por Professores que saibam discutir os assuntos de forma séria. Sejam de uma vez por todos PROFESSORES UNIDOS. Se assim não for, rendam-se às evidências e façam o trabalho dos auxiliares educativos, que ajudam o ministério a poupar uns cobres. E NÃO SE QUEIXEM. Para quem não sabe, não sou professor. Sou um reles engenheiro queàs vezes pensa nestas coisas, muitas delas quando às quatro ou cinco da manhã grito para a minha mulher que está no escritório a corrigir testes e pergunto se não se vem deitar. Agora façam a vossa parte. Façam forward deste mail para todos os vossos amigos, especialmente os professores. Comecem a divulgar esta ideia e pode ser que tenham um futuro melhor.
Artur Guindeira

Opinião I

Vítor Serpa
Porque hoje é sábado

Jogo pelos professores
Os pais sempre foram o pavor dos professores de natação, dos técnicos do futebol jovem, dos animadores das corridas de rua. Os pais, em casa, acham os filhos umas pestes; mas na escola, no campo desportivo, no patamar da casa do vizinho, acham os filhos virtuosos e sábios
OS professores andam em pé de guerra. Como os professores são normalmente distantes uns dos outros, os seus pés de guerra andam por aí semeados como pés de salsa, espalhados pelo País. De norte a sul. Os professores estão descontentes. Com a vida que lhes corre mal, porque ninguém os valoriza; com os colegas, que só se interessam por resolver a sua vidinha; com os alunos, que os desconsideram e maltratam; e, acima de tudo, com o Governo da nação, que os desvaloriza, os desautoriza e os desmoraliza. Nunca fui um estudante fácil e sabia que um professor desautorizado era um homem (ou uma mulher) morto na escola. Não quero dizer fisicamente mas profissionalmente. Como sempre fui bom observador, conhecia de ginjeira os professores fortes e os professores fracos. Os fortes resolviam, por si próprios, a questão. Alguns pela autoridade natural do seu saber e da sua atitude, outros de forma menos académica. Os fracos eram defendidos pelos reitores. Ir à sala de um reitor era, já por si, um terrível castigo. Mas bem me lembro que professores fracos e fortes, bons e nem por isso, se protegiam, se defendiam e se reforçavam na sua autoridade comum. Já nesse tempo se percebia que tinha de ser assim, porque, se não fosse, os pais comiam-nos vivos e davam-nos, já mastigados, aos filhos relapsos. E isso a escola não consentia. Os pais, dito assim de forma perigosamente genérica, sempre foram entidades pouco fiáveis em matéria de juízo sobre os seus filhos e, por isso, sobre quem deles cuida, ensina e faz crescer. Os pais sempre foram o pavor dos professores de natação, dos técnicos do futebol jovem, dos animadores das corridas de rua. Os pais, em casa, acham os filhos umas pestes; mas na escola, no campo desportivo, no patamar da casa do vizinho, acham os filhos virtuosos e sábios. Os pais são, individualmente, insuportáveis e, colectivamente, uma maldição. Claro que há pais... e pais. E vocês sabem que não me refiro aos pais a sério, que são capazes de manter a distância e o bom senso. Falo dos outros, dos pais e das mães que acham sempre que os seus filhos deviam ser os capitães da equipa e deviam jogar sempre no lugar dos outros filhos. O trágico disto tudo é que são precisamente esses pais os que, na escola, se acham verdadeiramente capazes de fazer a avaliação, o julgamento sumário dos professores dos seus filhos, achando que eles só servem para fazer atrasar os seus E insteinzinhos. Por isso eu aqui me declaro a favor dos professores. Quero jogar na equipa deles contra a equipa dos pais e ganhar o desafio da vida real e do futuro deste país contra o desafio virtual dos pedagogos de alcatifa.

Is there anybody out there???

Sinto que os meus post estão engarrafados! Continuo a ter muitas ideias mas agora que o tempo já é mais algum qual a desculpa? Não há vontade.
É certo que se tivesse mais comentários se calhar a motivação seria outra... mas eu também ainda não disse a quase ninguém que tenho um blog... Porquê? Porque estava à espera de ter tempo para dar dinâmica a isto. Para que quem me visitasse tivesse sempre qualquer coisinha nova para ler. Eu sei que é um pouco frustrante ir visitar um blog e não haver nada de novo...
Adiante. Não há vontade. Porquê? Porque se têm passado tantas coisas a nível da vida profissional que, de tanto que me apetece gritar, fico sem voz. Ou sem tinta. Ou sem desteza nos indicadores e polegares ;)
Por outro lado não queria fazer deste blog um muro de lamentações e ultimamente as ideias para posts andavam sempre à volta da mesma questão.
Depois há também o refúgio de visitar uns quantos blogs: uns blogs de colegas e amigos, uns babyblogs (destes ainda não falei), uns blogs com coisas bonitas, uns blogs bem dispostos,... e assim acabo por preencher determinados espaços, já não tendo aquela vontade inicial de escrever. Percebem? ...
Anyway... vou colocar aqui umas "coisitas" que me têm chegado por mail e assim para bom entendedor... e desabafo!
Até já!

sábado, junho 03, 2006

Diz-me que blog lês...IV

Ainda nesta primeira secção gostaria de partilhar com vocês um blog que, embora parado, é sempre um prazer ler, pois a sua autora escreve de uma forma tão envolvente que quase consigo sentir o ar quente daquelas praias.
É uma corajosa. Quando a conheci não a imaginaria a passar por tanta coisa... Um grande beijinho para ti e para todos os teus colegas.
meutimor.blogspot.com/

sexta-feira, junho 02, 2006

Diz-me que blog lês...III

Ora então aqui vai mais uma sugestão para quem é professor (e não só) e gosta de pessoas dinâmicas, francas e... aventureiras. Conheci-a na sua passagem por Alcácer e logo se mostrou indignada com uma ou outra "coisita" que não corria bem, demonstrando ser alguém exigente com os outros mas também consigo própria. Podem achar que por vezes é muito directa mas se calhar diz (e escreve) aquilo que muitos pensam e têm vergonha de dizer ;)
somaisumaprof.blogspot.com/

Hoje tou...

:(

Dia Mundial da Criança

Vivam todas as crianças! Aquelas que o são por direito e idade e aquelas que ainda existem dentro de (alguns de) nós!

PS: Parabéns S.!